28 de mar. de 2013



 
Onde está o corpo de Jesus?
 
Maria Madalena chegou bem cedo ao sepulcro de Jesus, no primeiro dia da semana, para prestar as homenagens fúnebres ao corpo de Jesus, coisas que não deu para fazer bem na sexta feira, quando Jesus morreu na cruz. Havia pressa, o sol já estava se pondo e o sábado iniciava. E aquele sábado era especialmente solene. Era a Páscoa judaica.
Com surpresa, Maria descobre que o túmulo está aberto e vazio; os panos que cobriram o corpo de Jesus estavam lá dentro, uns pelo chão e outros, dobrados num lugar à parte. Ela se desespera: Quem levou o corpo de Jesus! Onde o puseram? Correu e foi avisar Pedro e João. Os dois correram ao túmulo e viram que era assim mesmo: o corpo de Jesus não estava mais lá. Onde será que foi parar? Quem o teria levado?
Eis a primeira constatação a respeito da ressurreição de Jesus: o túmulo vazio, o lençol mortuário abandonado. E Jesus mesmo, onde estava? Para alguns, tudo o que se fala sobre a ressurreição de Jesus não passa disso e acaba na dúvida: sumiram com o corpo de Jesus? Talvez ele mesmo nem tinha morrido, acordou durante a noite, saiu do túmulo, de fininho, sumiu sem deixar pista? Alguém até disse que sabia onde Jesus foi parar: em algum oásis bonito no deserto distante; lá, finalmente casado com Maria Madalena, teria vivido em paz e morrido de velho, sem mais ser incomodado, nem incomodar ninguém... Historinhas, como essa, já inventaram nos primeiros tempos do Cristianismo aqueles que negavam a ressurreição de Jesus. Hoje há quem as ache bonitas e as reconta como se fossem a última verdade sobre Jesus!
Onde foi parar o corpo de Jesus, se não estava mais no túmulo? Vamos ouvir Maria Madalena, João e Pedro, os outros apóstolos, Tomé, por exemplo; sem esquecer de ouvir Paulo. Eles até esqueceram o túmulo vazio, os panos mortuários... É que Jesus, em pessoa, foi ao encontro deles! Estava vivo e lhes falava de novo, nem podiam acreditar! Duvidaram, resistiram, negaram-se a crer no que viam diante de si e ouviam com seus ouvidos. Mas era Jesus, o mesmo que eles tinham conhecido antes e acompanhado durante anos, cujas pregações e prodígios testemunharam! O mesmo que eles viram ser condenado à morte de cruz, poucos dias antes! Por que agora lhes custava tanto crer, que era ele? Vieram-lhes à mente suas próprias traições do Mestre? Suas fugas e covardias diante da prisão e condenação de Jesus à morte?
Mesmo não querendo crer, não puderam negar: era mesmo Jesus, que estava diante deles. Viram e creram E Jesus lhes falou, abriu-lhes o entendimento, deu-lhes a paz, não lhes cobrou nenhuma de suas infidelidades. E eles se alegraram muito “por ver o Senhor”. E contaram para quem faltou aos encontros: “vimos o Senhor. Simão também viu!”. E concluíram que até as histórias contadas por Maria Madalena e suas companheiras eram verdadeiras (testemunho de mulher não contava!); foram as primeiras que encontraram o Senhor ressuscitado!
Hoje andam dizendo por aí que o Santo Sudário, de Turim, seria considerado, “pelos crentes, a relíquia mais valiosa e legítima da Cristandade”; e também, que o Sudário teria sido o trunfo inicial mais poderoso para afirmar a fé na ressurreição de Jesus; e que a posse e referência ao Sudário teria tido um papel decisivo na grande difusão inicial do Cristianismo; mesmo ao longo dos séculos, ele teria sido uma espécie de garantia para afirmar a ressurreição de Jesus... Isso não é verdade! A história não confirma essas suposições, em cima das quais constroem-se argumentos e raciocínios que, geralmente, acabam concluindo que a fé dos cristãos na ressurreição de Jesus é pura fantasia, que deve ser descartada por pessoas inteligentes e sérias, com formação científica moderna!
E se fosse demonstrado definitivamente que o Santo Sudário é uma falsificação? Acabaria nossa fé na ressurreição? A resposta é: não! Nossa fé em Cristo ressuscitado não está baseada no Santo Sudário, por mais preciosa relíquia que possa ser. Nossa fé em Cristo ressuscitado está baseada nos encontros – vários encontros – do próprio Jesus ressuscitado com seus discípulos, como nos atestam os testemunhos do Novo Testamento. Esta fé foi contestada desde o início, negada, sofrida, em todas as épocas da história; não apenas agora. Mas a Igreja nunca abandonou o testemunho daqueles que viram Jesus!
A ressurreição de Jesus, porém, não é um fato isolado na pregação dos apóstolos. O anúncio do Senhor ressuscitado, unido à recordação de toda a vida, pregação, prodígios, do jeito de Jesus, da sua paixão, morte e sepultura, constituem o objeto do “testemunho apostólico”. É sobre esse testemunho apostólico que está baseada a fé da Igreja. A esse conteúdo também está referida a nossa fé, que renovamos mais uma vez na noite da Páscoa. Como fazemos em cada Domingo, Dia do Senhor ressuscitado, continuando a proclamar: Ele está vivo, no meio de nós!
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)
Fonte: CNBB
 
SEXTA-FEIRA SANTA

Jo 18,17-22 Jesus crucificado é o verdadeiro Cordeiro pascal:
 
Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado "Calvário", em hebraico "Gólgota". Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: "Jesus, o nazareno, o rei dos judeus". Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não escrevas "o rei dos judeus", mas sim o que ele disse: "Eu sou o rei dos judeus". Pilatos respondeu: O que escrevi, está escrito. - Palavra da Salvação.
Reflexão:
A cruz que era motivo de desonra, símbolo da desgraça, passa a ser sinal de glória, verdadeiro e definitivo sacrifício pascal. Jesus o Cordeiro glorioso que se deixa sacrificar, traz a salvação tão esperada, a justificação para toda a humanidade, a cruz de Jesus agora é o sinal da aliança definitiva com Deus. A cruz que antes representava um fim drástico passa a ser um inicio vitorioso.
 
Ø“Se alguém quer seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me”. (Mt 16,24) Estamos nós assumindo a nossa cruz, ou sentimos o forte desejo de serrá-la um pouco a cada dia?
 
Texto: Ricardo e Marta
Comunidade São Paulo Apóstolo
 

Quinta-feira Santa



Quinta-feira Santa

O lava-pés é um rito litúrgico, realizado na 5ª feira santa.

Este rito, repete o gesto de Jesus que, na última ceia lavou os pés de seus discípulos em sinal de serviço e de amor.

O lava-pés era muito usado no tempo de Jesus e até mesmo antes do seu nascimento.

Era um trabalho humilde, feito por escravos, que consistia em lavar os pés dos patrões da casa e daqueles que chegavam de viagem.

Não raro, esse trabalho era considerado humilhante a ponto de ser designado como castigo a algumas pessoas que cometiam algum delito legal.

Jesus, ao realizar este gesto, coloca-se como escravo, o que fez Pedro reagir diante de Jesus não querendo admitir, de modo algum, que o Mestre se rebaixasse comoescravo diante dele.

Olhando o conceito que as pessoas, do tempo de Jesus, tinham desse gesto do lava-pés, compreendemos o alcance e o significado do gesto de Jesus.

Na Quinta-Feira Santa celebra-se a Instituição da Eucaristia e o Lava-Pés.
A Instituição da Eucaristia ocorreu quando Jesus comemorava a Páscoa dos Judeus (Pessach) juntamente com seus doze apóstolos.

Sabendo que já havia sido traído por um de seus amigos e que se aproximava a hora de sua morte, Jesus partiu o pão, deu graças e o entregou aos discípulos dizendo:
"Tomai todos e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós".




E do mesmo modo, no final daquela ceia, Jesus pegou o cálice com vinho, rendeu graças e o entregou aos discípulos dizendo: "Tomai e bebei. Este é o cálice do meu sangue. O sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados".
E disse também
"Fazei isto em memória de mim"
 
Ainda durante a ceia, Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discipulos.

 

O serviço de "lavar os pés" cabia aos escravos daquela época, quando seus senhores chegavam com os pés sujos da poeira da estrada.
Com o gesto semelhante ao dos escravos, Jesus se faz servo, apesar de ser Filho de Deus.

Isso aponta para o compromisso cristão de servir aos necessitados, mesmo que a humilhação se faça necessária.

Pesquisa realizada por:
Serginho Valle